segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Os Gambás com Trouxas Coloridas I

É, gambás podem ser simpáticos, quando querem.
E violentos também.

ooo Semana passada estive em casa de vovó, em St Piter's H2O.
ooo Era madrugada, a linda Lua cheia brilhava no céu, os alegres grilos cricilavam nas folhagens, os tediosos sapos coachavam nos brejos e os restos de uma fogueira improvisada queimava no jardim.
ooo Tudo perfeitamente normal, exceto, é claro, pela fogueira no jardim em pleno mês de Janeiro. Mas isso não vêm ao caso, a história não é sobre fogueiras rebeldes que insisem em arder nos jardins alheios em pleno verão, é sobre gambás. Sobre gambás e trouxas coloridas. E sobre mim, é claro.
ooo Pois bem. Situada neste cenário bucólico e quase perfeitamente normal estava esta que aqui vos escreve, preparando-se, em seu quarto no quintal - e neste ponto é imprescindível frisar que, ao estar superlotada a casa da minha avó com nossa "pequena" família, eu durmo num quarto que há nos fundos do quintal - para o que deveria ser uma reparadora noite de sono.
ooo Eis que, no exato momento em que mergulho na chamativa cama e ajeito-me sob os lençóis, um peculiar ruído de passos e rasgos ecoa pelo quarto.
ooo Tudo escuro à minha volta.
ooo O interruptor de luz distante.
ooo O som se aproximando.
ooo Prendendo a respiração, pessoa contida e racional que sou, pulei afobadamente da cama e acendi a luz, derrubando uma mesinha no trajeto.
ooo Nada.
ooo Olhei em volta, tudo exatamente igual eu havia deixado, inclusive a embalagem amassada do chocolate de menta que eu havia comido escondida para não dividir com ninguém.
ooo Mas o barulho continuava, e vinha do teto. Eram passos apressados, rasgos, gritinhos estridentes, bufos, unhas cavocando.
ooo - Ahh, devem ser gatos - pensei, um pouco aliviada, voltando a sentar-me na cama.
Inocentes gatinhos, ah, que coisa mais fofa, gatos brincando no telhado, à luz do luar; não é sempre que eu posso ouvir isso morando em São Paulo; como o interior é bom, pra passar uns tempos, porque morar aqui é definitivamente maçante; é claro, apesar de terem sido bons os anos em que eu...
ooo - Porra, esses gatos não se cansam? - pensei comigo mesma um tempo depois, tendo o barulho continuado - Tão pensando que meu telhado é motel, é? - armei-me com minha toalha de florzinha, estrategicamente pendurada atrás da porta para o caso de imprevistos como esse, abri-a estrondosamente (a porta, não a toalha. Toalhas não abrem estrondosamente. Pelo menos não as de florzinha. Elas abrem cantarolando cantigas populares armênias. Todo o mundo com um mínimo de inteligência sabe disso.) e gritei:
ooo - Xôôô! Saiam daí! Xispa! Xispa! Xis...
ooo Mas não eram gatos.
ooo Eram gambás.
ooo Sete gambás, para ser mais exata.
ooo Sete gambás enormes.
ooo Três na beira telhado e quatro no chão.
ooo Todos eles peludos, com focinhos finos e narizes cor-de-rosa.
ooo Todos eles segurando trouxas de pano colorido.
ooo E todos eles olhando para mim.

(Continua!)

***

"...eu tenho uma porção de coisas grandes pra conquistar e não posso ficar aí parado"

6 comentários:

Pepper Girl disse...

tenho medo de gambás @.@

Anônimo disse...

Comentários atrasados para os posts passados (medo de que você não leia se eu colocar nos posts certos):

- Baleiês:
Aaaaaaaaaaduuuooooooooooreeeeeeeeiiii!!! Muuuuuuuuuuitoooooooo legaaaaaaaaalllll meeeeeeeeeesmooooo!!!!

- Blá blá blá:
Vamos fazer assim: eu sou a grande vilã e você a grande heroína que vai salvar o mundo de mim? Que acha? Os grandes vilões também são sempre lembrados... Acho que vou começar decapitando as bonecas da minha prima...

Agora dá licença que vou ler essa história dos gambás aí... XDD

Anônimo disse...

Agora sim...
- Gamb�s de trouxas:
Oh! Se fosse na minha casa aqui eu teria certeza de que eram gatos... Porque eles ainda por cima insistem em miar com sotaques estrangeiros, como eu j� disse anteriormente. Se fosse na casa da minha sogra... Bom, a� sim eu teria certeza de que eram gatos, por motivos �bvios.
E quanto a gamb�s... eles me lembram as inocentes e pueris pombas que uma vez tomaram posse de um peda�o de terra no telhado da minha casa em Goi�nia. Justamente em cima da janela do meu quarto. Eram t�o singelas as duas do in�cio que eu ficava emocionada... At� que um belo dia fui cont�-las e passavam de quinze. E todas fazendo "uh-uh" a noite toda bem em cima da minha janela.
O final delas foi triste... Espero que os gamb�s tenham mais sorte, j� que estavam com trouxinhas coloridas (imagino que se preparavam para uma mudan�a, certo?).

E, enfim, lembrei tamb�m dos sag�is que vi outro dia andando nos fios de eletricidade da minha rua. Lindinhos. Um tinha um filhote que devia ser do tamanho do meu ded�o e ficou me encarando enquanto a m�e o levava no colo.

Beijo, fiah!
P.S.: Ah, sim... Minha av� vai embora amanh� assim te ligo!

Juliano disse...

aeeeee...uhuuuulll...

apos 720 anos tentando, primeiramente encontrar onde se fazia comentarios nesse lugar, depois, entrar em um acordo com a merda da net..tipo, eu te pago e vc conecta ok! esse eh o trato...

Bom, acho que esse eh meu primeiro coment aki neh...oh meus Deus...nem sei o que dizer...estou tao emocionado...*-*

julianices a parte, quase morri de rir com a historia...principalmente por ter sido com vc...se estivesse la ia passar mal de tanto rir..hehehhehehehee

bom, eh isso..espero a continuacao hein!!


saudade...bjao!

*nossa, isso aki embaixo nao eh verificacao de palava, eh verificacao do alfabeto anglo-romenico...ter 178 letras mew!!!*

Ana Paah disse...

Waaaaa!!
gabás!?
malditos gambas...
o quartinho lá do fundo da casa da vovo não eh motel muito menos lugar para mudancas!!!
askaopskaposkaopsk'
Nhaa
quero o fim da historia!
nao e justooo!!

xD~

beeijoo

Anônimo disse...

uma perereca já entrou no meu quarto e eu acho que isso foi o pior que aconteceu comigo nesse sentido.