É, gambás podem ser simpáticos, quando querem.
E violentos também.
ooo Semana passada estive em casa de vovó, em St Piter's H2O.
ooo Era madrugada, a linda Lua cheia brilhava no céu, os alegres grilos cricilavam nas folhagens, os tediosos sapos coachavam nos brejos e os restos de uma fogueira improvisada queimava no jardim.
ooo Tudo perfeitamente normal, exceto, é claro, pela fogueira no jardim em pleno mês de Janeiro. Mas isso não vêm ao caso, a história não é sobre fogueiras rebeldes que insisem em arder nos jardins alheios em pleno verão, é sobre gambás. Sobre gambás e trouxas coloridas. E sobre mim, é claro.
ooo Pois bem. Situada neste cenário bucólico e quase perfeitamente normal estava esta que aqui vos escreve, preparando-se, em seu quarto no quintal - e neste ponto é imprescindível frisar que, ao estar superlotada a casa da minha avó com nossa "pequena" família, eu durmo num quarto que há nos fundos do quintal - para o que deveria ser uma reparadora noite de sono.
ooo Eis que, no exato momento em que mergulho na chamativa cama e ajeito-me sob os lençóis, um peculiar ruído de passos e rasgos ecoa pelo quarto.
ooo Tudo escuro à minha volta.
ooo O interruptor de luz distante.
ooo O som se aproximando.
ooo Prendendo a respiração, pessoa contida e racional que sou, pulei afobadamente da cama e acendi a luz, derrubando uma mesinha no trajeto.
ooo Nada.
ooo Olhei em volta, tudo exatamente igual eu havia deixado, inclusive a embalagem amassada do chocolate de menta que eu havia comido escondida para não dividir com ninguém.
ooo Mas o barulho continuava, e vinha do teto. Eram passos apressados, rasgos, gritinhos estridentes, bufos, unhas cavocando.
ooo - Ahh, devem ser gatos - pensei, um pouco aliviada, voltando a sentar-me na cama.
Inocentes gatinhos, ah, que coisa mais fofa, gatos brincando no telhado, à luz do luar; não é sempre que eu posso ouvir isso morando em São Paulo; como o interior é bom, pra passar uns tempos, porque morar aqui é definitivamente maçante; é claro, apesar de terem sido bons os anos em que eu...
ooo - Porra, esses gatos não se cansam? - pensei comigo mesma um tempo depois, tendo o barulho continuado - Tão pensando que meu telhado é motel, é? - armei-me com minha toalha de florzinha, estrategicamente pendurada atrás da porta para o caso de imprevistos como esse, abri-a estrondosamente (a porta, não a toalha. Toalhas não abrem estrondosamente. Pelo menos não as de florzinha. Elas abrem cantarolando cantigas populares armênias. Todo o mundo com um mínimo de inteligência sabe disso.) e gritei:
ooo - Xôôô! Saiam daí! Xispa! Xispa! Xis...
ooo Mas não eram gatos.
ooo Eram gambás.
ooo Sete gambás, para ser mais exata.
ooo Sete gambás enormes.
ooo Três na beira telhado e quatro no chão.
ooo Todos eles peludos, com focinhos finos e narizes cor-de-rosa.
ooo Todos eles segurando trouxas de pano colorido.
ooo E todos eles olhando para mim.
(Continua!)
***
"...eu tenho uma porção de coisas grandes pra conquistar e não posso ficar aí parado"
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Baleiês
Mmmmmwoooooooooooooooh... mmmmwuuuuuuuuoh... uoh-uoooh... mwuoooooooooooooooooooooooooooooooooooh...
Muito orquês...
Uooooooooooooooooooooooooh uooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooh mmmmmmmmmuouououououoooooooooooooooooooooooooooooooooooooohhhhhhhhhhhh...
Dordebarriguês?
UOOOOOOOOOOOOOOOOOOOHHHHH MMMWOOOOOOOOOH MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOHHHHHHHHHHH...
!!!
Muito orquês...
Uooooooooooooooooooooooooh uooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooh mmmmmmmmmuouououououoooooooooooooooooooooooooooooooooooooohhhhhhhhhhhh...
Dordebarriguês?
UOOOOOOOOOOOOOOOOOOOHHHHH MMMWOOOOOOOOOH MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOHHHHHHHHHHH...
!!!
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Blá blá blá
Acordei hoje com vontade de salvar o mundo.
...
Queria fazer algo grande.
...
Algo através do qual eu pudesse ser lembrada muito tempo depois.
...
Um feito heróico, digno de enredo de filme de ação.
...
Já reparou que não existem grandes heróis sem grandes vilões?
...
Vou salvar o mundo de mim mesma.
...
"Astronauta libertado, minha vida me ultrapassa em qualquer nota que eu faça"
...
Queria fazer algo grande.
...
Algo através do qual eu pudesse ser lembrada muito tempo depois.
...
Um feito heróico, digno de enredo de filme de ação.
...
Já reparou que não existem grandes heróis sem grandes vilões?
...
Vou salvar o mundo de mim mesma.
...
"Astronauta libertado, minha vida me ultrapassa em qualquer nota que eu faça"
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Religião Beû-deh-råa: Deuses e Culto
Início
Beû-deh-råa é uma religião politeísta que prega pelo princípio do Carpe Diem, ou Hakuna Matata. Formulada racionalmente pouco antes da Idade Média pelo filósofo Bottkho Bähr, na Europa Setentrional, espalhou-se por todo o mundo nos séculos XIX e XX e hoje é encontrada em todos os cinco continentes conhecidos.
Bähr afirmava ter recebido um chamado divino de Bhrëdjah, a Grande Deusa de Älkholl, durante um transe que lhe foi por ela mandado em uma taverna da região. Em seu pedido, instruía-o a pregar a Beû-deh-råa como religião de fraternidade, amor, confraternização e diversão.
Bähr levou seu chamado muito a sério, dedicando sua vida à pesquisa dos conceitos beû-deh-råasi e à arrecadação de fiéis para cultuar seus deuses.
Morreu cedo, porém, de alguma doença desconhecida no fígado.
Deuses
Beû-dheh-råa conta com um panteão divino muito diversificado:
Bhrëdjah, a Grande Deusa, o princípio de tudo, muito cultuada no Brasil;
Wynnhö, o Grande Deus, que em alguns lugares é tão ou mais poderoso que Bhrëdjah;
Uyhskyii, deus do poder, do dinheiro e das coisas materiais, muito invocado pela alta aristocracia;
Rwuhn, deus dos Mares, especialmente cultuado pelos antigos piratas;
Phyng-aäh, deusa da agricultura e das coisas simples, muito popular entre as classes menos favorecidas economicamente;
Wvodhkcå, deusa do inverno e da neve, cultuada principalmente na Rússia;
Âbbsy-nntoh, deus do submundo, altamente poderoso e inflamável, apreciado por alguns e temido por muitos; entre outros.
Cultos
Os cultos de Beû-dheh-råa acontecem em templos especializados chamados Bährs ou Bottkhos, cujos nomes são em homenagem justamente ao filósofo e Primo Sacerdote beû-deh-råasi Bottkho Bähr.
A freqüência dos cultos depende muito da devoção do fiel, podendo ser de uma a cinco vezes por semana, ou mais, geralmente às sextas e sábados.
Durante esses cultos os fiéis seguidores de Bhrëdjah, reunidos nos Bähr, purificam suas almas ingerindo o Líquido Sagrado da Vida, Cërrvhe-jâh, que, na medida certa, torna-os capazes de se comunicar com a Grande Deusa. É então que ela os inspira com as Idéias Divinas e o próprio Bähr manda-lhes suas concepções filosóficas, proporcionando a diversão pretendida por Bhrëdjah e alto conhecimento.
É proibido terminantemente a utilização de automóveis após os cultos.
Os seguidores dos outros deuses também utilizam Poções próprias para a comunicação divina, mas não foi encontrado nenhum registro oficial sobre.
Geralmente todos os fiéis beû-deh-råasi cultuam a todos os deuses do panteão, divergindo apenas no fato de se identificarem mais com determinados deuses em determinadas épocas.
"No cume calmo do meu olho que vê assenta a sombra sonora de um disco voador"
Beû-deh-råa é uma religião politeísta que prega pelo princípio do Carpe Diem, ou Hakuna Matata. Formulada racionalmente pouco antes da Idade Média pelo filósofo Bottkho Bähr, na Europa Setentrional, espalhou-se por todo o mundo nos séculos XIX e XX e hoje é encontrada em todos os cinco continentes conhecidos.
Bähr afirmava ter recebido um chamado divino de Bhrëdjah, a Grande Deusa de Älkholl, durante um transe que lhe foi por ela mandado em uma taverna da região. Em seu pedido, instruía-o a pregar a Beû-deh-råa como religião de fraternidade, amor, confraternização e diversão.
Bähr levou seu chamado muito a sério, dedicando sua vida à pesquisa dos conceitos beû-deh-råasi e à arrecadação de fiéis para cultuar seus deuses.
Morreu cedo, porém, de alguma doença desconhecida no fígado.
Deuses
Beû-dheh-råa conta com um panteão divino muito diversificado:
Bhrëdjah, a Grande Deusa, o princípio de tudo, muito cultuada no Brasil;
Wynnhö, o Grande Deus, que em alguns lugares é tão ou mais poderoso que Bhrëdjah;
Uyhskyii, deus do poder, do dinheiro e das coisas materiais, muito invocado pela alta aristocracia;
Rwuhn, deus dos Mares, especialmente cultuado pelos antigos piratas;
Phyng-aäh, deusa da agricultura e das coisas simples, muito popular entre as classes menos favorecidas economicamente;
Wvodhkcå, deusa do inverno e da neve, cultuada principalmente na Rússia;
Âbbsy-nntoh, deus do submundo, altamente poderoso e inflamável, apreciado por alguns e temido por muitos; entre outros.
Cultos
Os cultos de Beû-dheh-råa acontecem em templos especializados chamados Bährs ou Bottkhos, cujos nomes são em homenagem justamente ao filósofo e Primo Sacerdote beû-deh-råasi Bottkho Bähr.
A freqüência dos cultos depende muito da devoção do fiel, podendo ser de uma a cinco vezes por semana, ou mais, geralmente às sextas e sábados.
Durante esses cultos os fiéis seguidores de Bhrëdjah, reunidos nos Bähr, purificam suas almas ingerindo o Líquido Sagrado da Vida, Cërrvhe-jâh, que, na medida certa, torna-os capazes de se comunicar com a Grande Deusa. É então que ela os inspira com as Idéias Divinas e o próprio Bähr manda-lhes suas concepções filosóficas, proporcionando a diversão pretendida por Bhrëdjah e alto conhecimento.
É proibido terminantemente a utilização de automóveis após os cultos.
Os seguidores dos outros deuses também utilizam Poções próprias para a comunicação divina, mas não foi encontrado nenhum registro oficial sobre.
Geralmente todos os fiéis beû-deh-råasi cultuam a todos os deuses do panteão, divergindo apenas no fato de se identificarem mais com determinados deuses em determinadas épocas.
"No cume calmo do meu olho que vê assenta a sombra sonora de um disco voador"
Marcadores:
Filosofia de Bar,
religião,
teoria
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Sobre Deus, pelo Velho Eremita da Montanha Azul Logo Após O Bosque Dos Gnomos Cor-de-abóbora
Deus?
Ora, certamente já está na hora de um novo deus tomar o poder.
Claro, nada mais normal!
É assim desde sempre, não é?
Um deus assumindo no lugar do outro, eu quero dizer.
Ciclo natural do Universo, todo mundo sabe disso.
O problema seria se tentassem recolocar um antigo no poder; aí, sim, as coisas poderiam ser bastante catastróficas, você não acha?
Porque os deuses antigos seguramente estão mortos.
Ou quase mortos.
Ou esquecidos, o que dá no mesmo.
Que tal uma partida de bolinhas de gude?
...
Uma coisa é você acreditar em algum deus. Outra, é ele acreditar em você.
...
Ora, certamente já está na hora de um novo deus tomar o poder.
Claro, nada mais normal!
É assim desde sempre, não é?
Um deus assumindo no lugar do outro, eu quero dizer.
Ciclo natural do Universo, todo mundo sabe disso.
O problema seria se tentassem recolocar um antigo no poder; aí, sim, as coisas poderiam ser bastante catastróficas, você não acha?
Porque os deuses antigos seguramente estão mortos.
Ou quase mortos.
Ou esquecidos, o que dá no mesmo.
Que tal uma partida de bolinhas de gude?
...
Uma coisa é você acreditar em algum deus. Outra, é ele acreditar em você.
...
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Assinar:
Postagens (Atom)