Não, não adianta.
Os números não vão com a minha cara.
Nem com chantagem, suborno ou reza braba.
E eu juro que não é culpa minha.
Já tentei socializar com eles, chamando-os humildemente para tomar algumas xícaras de berguelotes feitos na hora em Manskaoosin. Servi-os em porcelana chinesa e bandeja de prata, mandei meu cozinheiro Pierre Pierrô preparar as melhores receitas de biscoitos recheados que ele pudesse imaginar, coloquei discos de música clássica para tocar, até penteei meu cabelo.
Nada disso adiantou.
Eles foram arrogantes, olharam-me com expressões de descaso, beberam meus berguelotes fazendo careta, zombaram dos biscoitos recheados do meu cozinheiro, apontaram mil defeitos na disposição das minhas terras e na arquitetura do meu castelo, chutaram meu dragão de estimação dizendo que ele não existia e que nada daquilo ali existia e foram embora carrancudos e cochichando entre si.
- Ela nem ao menos penteia os cabelos! - ouvi um deles dizer.
É.
Desde então a única coisa relacionada à matemática que eu de fato tenho certeza de estar calculando corretamente é o troco do dinheiro da cerveja.
Ok.
Às vezes nem isso.
...
quarta-feira, 20 de maio de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
Sobre o Universo
O Universo é grande. Grande mesmo. Não dá pra acreditar o quanto ele é desmesuradamente inconcebivelmente estonteantemente grande.
[Guia do Mochileiro das Galáxias]
...
Matriculei-me em uma aula de Introdução à Astronomia no começo desse semestre.
Para aqueles que não sabem, eu faço faculdade de História.
Pois bem, o quê diabos Astronomia tem a ver com História?
Nada, de fato.
Mas fez-me pensar sobre algumas questões pseudo-filosóficas e, como sou uma pessoa que adora compartilhar seus pensamentos pseudo-filosóficos, compartilhá-los-ei com vocês — ou com aqueles que tiverem a santa paciência de ler.
Enfim.
Estou a fim de escrever sobre o Universo.
Não sei se você sabe, mas ele é grande. Muito grande. Desmesurada, inconcebível e estonteantemente grande.
Para se ter uma idéia, os astrônomos dignos desse título conhecem menos de 30% da totalidade da massa do Universo.
Cerca de 4% dessa massa, de acordo com eles, é composta pela junção de todas as galáxias conhecidas, enquanto 23% é composta do que eles chamam de “Matéria Escura”, uma “coisa” que não se sabe exatamente o que é mas que se sabe que existe porque causa uma certa distorção quando um objeto é observado através dela.
Os outros 73% ninguém faz a mínima idéia do quê diabos pode ser, apesar de alguns acreditarem ser um tipo de “Energia Escura” que meio que serviria para fazer a ligação entre todas as coisas do Universo.
Ou seja, de toda a alucinante totalidade do Universo só se conhece realmente 4% do que existe por aí, uma vez que os outros 23% são “alguma coisa que eu sei que tá ali porque faz com que a galáxia ali atrás fique distorcida, mas, ah!, que pena, não sei o quê diabos ela é” e o resto é um tipo de “energia escura” que ligaria todas as coisas mas, “ah!, que pena de novo, não fazemos a mínima idéia do quê cargas d’água isso pode ser”.
De fato, há muito mais coisas até mesmo no próprio céu do que pode supor a nossa vã filosofia.
O que seriam essas tais “Matérias Escuras”?
O que seria essa tal “Energia Escura”?
Será que um dia chegaremos a compreender do que elas são compostas, para que servem, o que fazem?
É claro que com o decorrer da evolução humana conseguimos conhecer cada vez mais o céu, os planetas, as galáxias; com o passar do tempo conseguimos compreender cada vez mais esse gigante misterioso que nos cerca.
Entretanto, eu não consigo imaginar que um dia chegaremos à ciência de tudo o que existe por aí afora.
Acho que talvez possamos chegar ao nível de compreensão avançada de toda a nossa galáxia ou quem sabe até da nossa vizinha Andrômeda.
Mas, o Universo inteiro?
Ah, cara.
Na minha concepção a total compreensão do Universo está completamente fora dos padrões humanos de conhecimento.
Isso porque, em primeiro lugar, esses padrões estariam vinculados ao que eu — e o Guia do Mochileiro das Galáxias — chamaria de “filtro”, que serviria para impossibilitar que nossos cérebros se rebelassem e saíssem derretidos pelas nossas orelhas a fim de beber uma xícara de café ao tomarem consciência do quão ínfimos nós somos em relação a este Universo tão desmesurada, inconcebível e estonteantemente grande.
Depois, eu não sei nem se estaríamos preparados para conhecer a totalidade da Vida, do Universo e Tudo o Mais.
E se não fosse nada do que estávamos esperando?
E se fosse justamente o que estávamos esperando?
E se tudo se resumisse a um grande pedaço de abóbora moranga?
...
Acho que existem coisas que devem permanecer quietas debaixo do tapete até o dia da grande faxina.
Seria ela em 2012?
...
“Júpiter and Saturn, Oberon, Miranda and Titanium. Neptune, Titan; stars can frighten..."
[Guia do Mochileiro das Galáxias]
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Matriculei-me em uma aula de Introdução à Astronomia no começo desse semestre.
Para aqueles que não sabem, eu faço faculdade de História.
Pois bem, o quê diabos Astronomia tem a ver com História?
Nada, de fato.
Mas fez-me pensar sobre algumas questões pseudo-filosóficas e, como sou uma pessoa que adora compartilhar seus pensamentos pseudo-filosóficos, compartilhá-los-ei com vocês — ou com aqueles que tiverem a santa paciência de ler.
Enfim.
Estou a fim de escrever sobre o Universo.
Não sei se você sabe, mas ele é grande. Muito grande. Desmesurada, inconcebível e estonteantemente grande.
Para se ter uma idéia, os astrônomos dignos desse título conhecem menos de 30% da totalidade da massa do Universo.
Cerca de 4% dessa massa, de acordo com eles, é composta pela junção de todas as galáxias conhecidas, enquanto 23% é composta do que eles chamam de “Matéria Escura”, uma “coisa” que não se sabe exatamente o que é mas que se sabe que existe porque causa uma certa distorção quando um objeto é observado através dela.
Os outros 73% ninguém faz a mínima idéia do quê diabos pode ser, apesar de alguns acreditarem ser um tipo de “Energia Escura” que meio que serviria para fazer a ligação entre todas as coisas do Universo.
Ou seja, de toda a alucinante totalidade do Universo só se conhece realmente 4% do que existe por aí, uma vez que os outros 23% são “alguma coisa que eu sei que tá ali porque faz com que a galáxia ali atrás fique distorcida, mas, ah!, que pena, não sei o quê diabos ela é” e o resto é um tipo de “energia escura” que ligaria todas as coisas mas, “ah!, que pena de novo, não fazemos a mínima idéia do quê cargas d’água isso pode ser”.
De fato, há muito mais coisas até mesmo no próprio céu do que pode supor a nossa vã filosofia.
O que seriam essas tais “Matérias Escuras”?
O que seria essa tal “Energia Escura”?
Será que um dia chegaremos a compreender do que elas são compostas, para que servem, o que fazem?
É claro que com o decorrer da evolução humana conseguimos conhecer cada vez mais o céu, os planetas, as galáxias; com o passar do tempo conseguimos compreender cada vez mais esse gigante misterioso que nos cerca.
Entretanto, eu não consigo imaginar que um dia chegaremos à ciência de tudo o que existe por aí afora.
Acho que talvez possamos chegar ao nível de compreensão avançada de toda a nossa galáxia ou quem sabe até da nossa vizinha Andrômeda.
Mas, o Universo inteiro?
Ah, cara.
Na minha concepção a total compreensão do Universo está completamente fora dos padrões humanos de conhecimento.
Isso porque, em primeiro lugar, esses padrões estariam vinculados ao que eu — e o Guia do Mochileiro das Galáxias — chamaria de “filtro”, que serviria para impossibilitar que nossos cérebros se rebelassem e saíssem derretidos pelas nossas orelhas a fim de beber uma xícara de café ao tomarem consciência do quão ínfimos nós somos em relação a este Universo tão desmesurada, inconcebível e estonteantemente grande.
Depois, eu não sei nem se estaríamos preparados para conhecer a totalidade da Vida, do Universo e Tudo o Mais.
E se não fosse nada do que estávamos esperando?
E se fosse justamente o que estávamos esperando?
E se tudo se resumisse a um grande pedaço de abóbora moranga?
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Acho que existem coisas que devem permanecer quietas debaixo do tapete até o dia da grande faxina.
Seria ela em 2012?
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“Júpiter and Saturn, Oberon, Miranda and Titanium. Neptune, Titan; stars can frighten..."
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segunda-feira, 11 de maio de 2009
Objetivo de vida:
Ser tão foda no quê diabos eu resolver fazer da vida a ponto de poder ir trabalhar de pantufas de garras de dinossauro laranjas, tiara de anteninhas brilhantes e uma ressaca féladaputa e todo mundo achar isso a coisa mais bacana do mundo.
...
...
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Blá blá blá
Muito, muito tempo depois do último post eis que esta que aqui vos escreve resolve que vai voltar às suas atividades pseudo-literárias.
Dei até uma mudada na foto do layout pra ver se me animo de novo com isso aqui, vocês viram?
Blé.
O fato é que atualmente minhas palavras deram para se organizar em frases soltas, assim, e só; a idéia de juntá-las em uma só história lhes parece abominável.
Sacumé, né?
Eu não sei.
De qualquer forma, decidi que é melhor escrevê-las. Se é só assim que essas teimosas dão as caras, que assim seja.
(Quem sabe assim elas ficam animadinhas umas com as outras e resolvem dar uma grande festa cheia de palavras de todos os tipos em uma só organização?)
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Dei até uma mudada na foto do layout pra ver se me animo de novo com isso aqui, vocês viram?
Blé.
O fato é que atualmente minhas palavras deram para se organizar em frases soltas, assim, e só; a idéia de juntá-las em uma só história lhes parece abominável.
Sacumé, né?
Eu não sei.
De qualquer forma, decidi que é melhor escrevê-las. Se é só assim que essas teimosas dão as caras, que assim seja.
(Quem sabe assim elas ficam animadinhas umas com as outras e resolvem dar uma grande festa cheia de palavras de todos os tipos em uma só organização?)
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